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sábado, 1 de setembro de 2018

Cálculo de preços dos produtos na industria


1  Introdução

Primeiramente deve-se ter em mente, que o mercado é quem diz o preço de um produto ou serviço. Não adianta nada cobrar por um carro popular o preço de um carro de luxo, pois ninguém comprará. Sendo assim, qual o motivo de se calcular o preço se no final é o mercado quem vai impor? Simplesmente porque é necessário saber, se cobrando aquele preço de mercado, será possível pagar as despesas e ainda, ter lucro, ou seja saber se o produto é viável na sua empresa.
Para realizar um trabalho se consome: materiais, que são todos os objetos adquiridos com propósito de utilização na sua conclusão, serviços de outras pessoas ou empresas, algumas outras despesas comuns a qualquer organização e ainda são adicionadas, ao preço final, várias taxas percentuais tais como: impostos e comissões que são inerentes aos produtos/serviços.
Eis as informações básicas que são necessárias para se calcular um preço de um produto na industria:
    a) Total de despesas, em determinado período;
    b) Quais os materiais diretos e suas quantidades para cada unidade de produto;
    • Os materiais diretos são aqueles que podem ter suas quantidades medidas para cada unidade do produto, como parafusos, componentes elétricos, etc;
    c) Quantidade do produto que poderá ser produzida no mesmo período;
    d) Quais as taxas percentuais a se adicionar ao preço final.

2  Os dados

Todas as organizações possuem as despesas listadas abaixo e até algumas mais, dependendo do tipo de produto, dos métodos de produção, da localidade, etc elas estarão presentes sempre, seja para uma pequena empresa com alguns funcionários ou mesmo uma grande Industria.
Geralmente se toma como período básico o mês, algumas despesas acontecem uma vez a cada mês, como os salários e seus encargos por exemplo, enquanto outras acontecem diariamente, por exemplo: as despesas com veículos.

2.1  As despesas comuns às empresas

Para se conhecer o “peso” das despesas de uma empresa é necessário classificar todas elas, existem inúmeras destas listas mais ou menos padronizadas para cada tipo de negócio.
Eis uma lista bem comum:
    a) Salário de todas as pessoas (inclusive de proprietários que ocupem algum cargo);
    b) Encargos sobre os salários;
    c) Outras despesas com pessoal – alimentação, transporte, plano de saúde, etc;
    d) Materiais indiretos – aqueles dos quais não é possível medir a quantidade para cada produto;
    e) Materiais de escritório;
    f) Despesas com manutenção e reparos;
    g) Fretes, carretos, motoboy, etc;
    h) Impostos e taxas indiretos – IPTU, licenças, alvarás, etc;
    i) Depreciações dos equipamentos;
    j) Despesas com veículos;
    k) Despesas com treinamento de pessoal e desenvolvimento de novos métodos e serviços;
    l) Despesas com viagens;
    m) Despesas legais e financeiras;
    n) Despesas com propaganda e marketing;
    o) Leaseng de equipamentos;
    p) Honorários profissionais;
    q) Associações de classe;
    r) Telefones, taxas postais, internet, etc;
    s) Aluguéis;
    t) Seguros diversos;
    u) Outras despesas que não se encaixem em nenhum dos itens anteriores.
O levantamento e o monitoramento são feitos, anotando-se todos os valores gastos na empresa para cada um dos itens da lista, durante todo o mês. Aquelas despesas que acontecem apenas uma vez a cada ano devem ter seus valores divididos por 12 para se obter o valor mensal da mesma. Com isto serão conhecidos os valores individuais de cada um destes itens e no final do mês a totalização da lista fornecerá o valor total das despesas da empresa no mês.
Outro detalhe é que se fazendo uma lista de todas estas despesas e as classificando será conhecido, ao longo do tempo, quais estão demasiadamente altas ou baixas para que se possa atuar sobre elas.
Por exemplo: se ao analisar as despesas, for observado que o consumo de combustível está muito alto muito provavelmente se concluirá que existe movimentação desnecessária de veículos.

2.2  Materiais diretos

Todos os materiais que podemos medir suas quantidades em cada unidade do produto são ditos materiais diretos como por exemplo os parafusos, componentes elétricos, etc. Basta ter uma lista desses materiais para cada produto com os respectivos preços de custo. Vale lembrar que todas as taxas e custos adicionais como impostos de importação, fretes, etc, devem ser adicionados aos preços desses materiais, assim como os descontos e também os  créditos de impostos devem ser retirados deles. Ou seja: é o quanto a empresa tem que desembolsar para ter o material colocado no posto de trabalho de seu setor de produção no momento em que será utilizado.

2.3  A capacidade de produção no período

Um dos métodos mais simples e mais utilizados para  adicionar o valor das despesas da empresa ao preço dos produtos na proporção correta é por: horas de trabalho por produto e para por em prática esse método se faz inicialmente um questionamento aos profissionais que executarão as operações sobre quanto tempo levará para executar cada uma delas, assim terá o tempo total a ser consumido para se produzir aquele produto e quando o produto estiver sendo produzido de fato se pode medir e checar esses tempos.
O outro lado da moeda é saber o quanto custa cada hora de trabalho na produção de seus produtos, neste caso deve-se conhecer o total dessas horas.
Devem ser somados os tempos, em que aqueles que trabalham executando as operações, se dedicam a essas atividades. Alguns trabalharão em tempo integral, outros cinco horas por dia ou duas horas por dia, conforme exista ou não acumulação de funções, todos estes tempos devem ser somados para se obter o total de horas trabalhadas por mês, (só para frisar bem, são horas trabalhadas na produção) este dado é comumente chamado de: “homem-hora”.
Outro detalhe importante é a respeito das horas, que devem ser aquelas efetivamente trabalhadas. É comum usar 160 horas por pessoa por mês, para quem trabalha em tempo integral na produção. No caso do dono de uma pequena empresa que também trabalha umas três horas por dia, na produção, serão: 3 horas X 20 dias = 60 horas (20 dias ao mês, também é uma espécie de convenção: 4 semanas x 5 dias = 20 dias).
Dividindo-se o total das despesas da empresa pelo número de horas trabalhadas (homem-hora) sem tem o custo por hora de trabalho.

2.4  Taxas que compõem o preço final

O preço de qualquer produto ou serviço possui uma série de taxas percentuais que o compõe, além dos custos de materiais e das despesas.
Aqui se considera como taxa, tudo aquilo que é um percentual no preço final, tal como: impostos, lucro, comissões, etc. Cada tipo de trabalho/produto/legislação ou mesmo filosofia organizacional, faz com que existam, combinações diferentes para as taxas e as mais comuns são:
    a) Impostos;
    b) Comissão;
    c) Lucro.
Uma confusão muito comum que se faz, nos pequenos negócios, é não diferenciar o lucro que é um percentual do preço final do produto com o salário pago ao proprietário da organização que ocupa um cargo na mesma, esse salário com já mencionado é uma das despesas da empresa.

3  Cálculo

De posse do valor total das despesas, da quantidade de horas trabalhadas na produção, do valor dos materiais consumidos diretamente por cada unidade do produto e das taxas, já de pode fazer os cálculos.

3.1  O custo do produto

Nesse ponto ainda não se tem o preço a ser cobrado pelo produto, mas os valores que empresa deverá desembolsar para produzi-lo.
O custo do produto nada mais é que a quantidade de horas despendidas na sua produção multiplicadas pelo valor do custo por hora de trabalho e somado ao valor dos materiais que sejam utilizados, especificamente, no referido produto.
Aqui se terá em mãos o Custo de produção.

3.2  O Preço final do produto

O preço final é o valor do custo de produção acrescido dos impostos, do percentual de lucro e das demais taxas.

3.3  Demonstração

Um preço hipotético comumente teria as taxas listadas abaixo:
    a) 10% de impostos;
    b) 5% de comissão;
    c) 10% de lucro.
A soma dessas taxas é 25%, portanto, o custo de produção deve representar os 75% restantes do preço final.
Uma maneira usual de calcular o preço é dividir o custo pelo decimal equivalente ao percentual que ele representa (75% em decimal é 0,75).
Por exemplo: 10 horas de trabalho, custando R$100,00 por hora, serão R$1.000,00 mais os materiais diretos no valor de R$500,00 totalizarão um custo de produção de R$1.500,00 que dividido por 0,75 dará um preço final de: R$2.000,00.
Decompondo o preço final:
    a) Preço final 100% = R$2.000,00;
    b) Impostos 10% = R$200,00;
    c) Comissão 5% = R$100,00;
    d) Lucro 10% = R$200,00;
    e) Custo de produção 75% = R$1.500,00;
    • Despesas = R$1.000,00
    • Materiais diretos = R$500,00

Assim, alterando as taxas percentuais se alterará o percentual que o custo de produção representará no preço e o decimal pelo qual esse custo será dividido para se obter o preço final.
Ou seja os mesmos materiais e o mesmo valor de despesas (um mesmo custo de produção) pode produzir preços finais diferentes dependendo das taxas aplicadas.

4  Conclusão

Primeiro ponto: no caso do cálculo fornecer um preço acima do preço de mercado, existem duas possibilidades:
    a) Retirar-se o lucro pois alguns trabalhos podem ser importantes e executá-los poderá ser estratégico por várias razões;
    b) Diminuir as despesas.
Lembre-se! Tirar os itens de despesas da lista, ou atribuir valores baixos e continuar a tê-los na prática, o levará à falência. Caso nada disto faça o preço ficar dentro do preço de mercado, aceitar o trabalho significará ter prejuízo.
Segundo ponto: no caso do cálculo fornecer um preço  muito abaixo do preço de mercado, deve-se inicialmente rever os cálculos e persistindo o preço abaixo do mercado então pode-se oferecer descontos extras, ou ter lucro extra.
Finalmente: pode-se usar a lista de despesas, para distribuir o dinheiro recebido pelos produtos. Assim no final do mês, cada item de despesa terá sua verba reservada.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Padrão de Codificação para Ferramentas de CNC

1  Introdução

A proposta desse trabalho é elaborar um sistema de codificação baseado nas especificações das ferramentas que permita ao operador do equipamento se guiar por ele e assim ganhar tempo.
Composto de 8 (oito) caracteres (que é aceito pela maioria dos equipamentos) e deve ser entendido pelo operador como só fosse uma sigla.
Para produzi-lo primeiramente elabora-se uma lista com as especificações mais relevantes na identificação das ferramentas, faz-se com que cada especificação seja representada por uma letra do alfabeto ou um número, conforme o caso e agrupa-se esses caracteres de modo que o operador possa ler esse código exatamente como se lê uma sigla que dirá a ele qual é aquela ferramenta, sem necessitar abrir uma ficha de informações.
Esse trabalho visa orientar a elaboração e registrar uma definição de padrão para tal codificação. 


2  Especificações das ferramentas

O primeiro passo na elaboração do código é a seleção das especificações que mais identifiquem a ferramenta. A operação que ela pode efetivamente executar, ou o seu modo construtivo, podem ser decisivos nesse caso, por exemplo:
Tipo: Que classifica entre: cabeçote, fresa, broca, serra, etc que respectivamente são utilizadas para: desbaste, fresagem, furação, corte, etc.
Classe: Que diz respeito ao modo construtivo da ferramenta, como: bastão, pastilhas, monobloco, etc.
Dentre todos os parâmetros existem dois que são de grande importância tanto na identificação quanto escolha da maioria das ferramentas: o diâmetro e o sentido de rotação.
Um conjunto dessas informações é usado para montar uma lista de parâmetros para cada uma das ferramentas, o que resulta no código.


3  O código

No padrão de codificação que será definido nesse trabalho os caracteres de cada posição dento do código farão referência a parâmetros diferentes conforme o código se refira a um ou outro dos grupos principais de ferramentas: as Brocas, as serras, aquelas específicas para usinagem, etc.
Todo o código terá letras tanto no primeiro quanto no último caractere, por exemplo: AxxxxxxB, o primeiro é a chave do código e identifica o tipo de ferramenta e o último indica o seu sentido de rotação.


3.1  Primeiro caractere

Para esse caractere temos a listagem a seguir que mostra os tipos fundamentais de ferramentas aqui considerados e sua representação pelo seu caractere mais significativo.

a) B—Broca, serve apenas para perfurações
b) S—Serra, para cortes;
c) A—Fresa Angular, produz perfis chanfrados em ângulo com a face;
d) C—fresa do tipo Cabeçote, que em rotação tem a forma cilíndrica e que se presta basicamente aos desbastes;
e) FFresa tipo bastão, usada na abertura de canais, fresagens finas e alguns tipos de furos;
f) E—Fresa com ponta Esférica, especial para aplicação em usinagens de superfícies curvas;
g) P—Fresa Perfiladeira, como o nome indica são fresas para criação de perfis com desenhos específicos;
h) R—Fresa de Raio, produz perfis Arredondados com raio específico;


3.2  Ultimo caractere

Se referirá ao sentido de rotação da ferramenta quando vista com o pé (eixo central, na ponta onde é encaixado no mandril) apontado para o operador e seus caracteres representativos formam a lista seguir: 

a) H — sentido horário;
b) A — sentido Anti-horário;
c) R — reversível que pode girar em ambos os sentidos;



3.3  Caracteres intermediários

As letras e números com seus respectivos significados dependendo do tipo de ferramenta indicado pelo primeiro caractere, são mostradas nos próximos tópicos.

3.3.1  Brocas

Para as brocas as informações que esse trabalho considera mais relevantes são: diâmetro, se ela se destina a furo passante, ou furo cego, se ela deve ser usada no cabeçote de Perfuração ou no quinto eixo e o seu comprimento útil, seu formato é: B00C11DE.

a) B — indica que se trata de uma broca;
b) 00 — número que indica o diâmetro;
c) C — aplicação da broca e será:
        P — para brocas de furo passante;
        C — para brocas de furo cego;
d) 11 — número que indica o comprimento útil;
e) D — madril de utilização e será:
        P — para brocas do cabeçote de perfuração;
        Q — para brocas do quinto eixo;
f) E — sentido de rotação;


Um bom exemplo para broca seria: B20P80QH—broca com 20 mm de diâmetro, para furo passante, com 80 mm de comprimento útil, fixação no quinto eixo e rotação no sentido horário.


3.3.2  Serras

Para as serras as informações mais relevantes são: diâmetro, o formato do dente entre trapezoidal ou dentes cruzados — direita/esquerda e sua espessura, seu formato é: S000B11D.

a) S — indica que se trata de uma serra;
b) 000 — número que indica o diâmetro;
c) B — formato dos dentes e será:
        T — para dente trapezoidal;
        C — para dente cruzado direita/esquerda;
d) 11 — número que indica a espessura de corte;
e) D — sentido de rotação;


Exemplo: S250T04H—serra com 250 mm de diâmetro, dente trapezoidal, espessura de corte de 4 mm e rotação no sentido horário.


3.3.3  Fresa angular

Para as fresas angulares as informações mais relevantes são: diâmetro, se a borda é desintegradora ou inteiriça e o ângulo do perfil, seu formato é: A00B111C.

a) A — indica que se trata de uma fresa angular;
b) 00 — número que indica o ângulo do perfil;
c) B — o tipo de borda e será:
        D — para borda desintegradora;
        I — para borda inteiriça;
d) 111 — número que indica a altura de corte do perfil;
e) C — sentido de rotação;


Exemplo: A45D050A—fresa angular com 45 graus no ângulo de perfil, borda desintegradora, 50 mm de altura de corte do perfil e rotação no sentido anti-horário.


3.3.4  Fresa tipo cabeçote

Para as fresas do tipo cabeçote as informações mais relevantes são: diâmetro, se a borda é desintegradora ou inteiriça e o comprimento útil, seu formato é: C00B111D.

a) C — indica que se trata de um cabeçote;
b) 00 — número que indica o diâmetro;
c) B — o tipo de borda e será:
        D — para borda desintegradora;
        I — para borda inteiriça;
d) 111 — número que indica o comprimento útil;
e) D — sentido de rotação;


Exemplo: C50D082H—fresa tipo cabeçote com diâmetro de 50 mm, borda desintegradora, 82 mm de comprimento útil e rotação no sentido horário.


3.3.5  Fresa tipo bastão

Para as fresas do tipo bastão as informações mais relevantes são: diâmetro, se produz um corte liso, ou estriado e seu comprimento útil, seu formato é: F00B111D.

a) F — indica que se trata de uma fresa tipo bastão;
b) 00 — número que indica o diâmetro;
c) B — o tipo de corte produzido e será:
        E — para corte estriado;
        L — para corte liso;
d) 111 — número que indica o comprimento útil;
e) D — sentido de rotação;

Exemplo: F25L130H—fresa tipo bastão com 25 mm de diâmetro, corte liso, com 130 mm de comprimento útil e rotação no sentido horário.


3.3.6  Fresa com ponta esférica

Para as fresas com ponta esférica as informações relevantes são: o diâmetro e o comprimento útil, seu formato é: E000111D.

a) E — indica que se trata de uma fresa com ponta esférica;
b) 000 — número que indica o diâmetro;
c) 111 — número que indica o comprimento útil;
d) D — sentido de rotação;


Exemplo: E025135H—fresa com ponta esférica, 25 mm de diâmetro, 135 mm de comprimento útil e rotação no sentido horário.


3.3.7  Fresa perfiladeira

Para as fresas perfiladeiras as informações mais relevantes são: diâmetro, mas não o diâmetro total e sim aquele referente a um determinado poto do desenho de seu perfil, se sua borda é desintegradora ou inteiriça, se as pastilhas de corte são soldadas ou intercambiáveis e se é regulável ou fixa, seu formato é: P000BCDE.

a) P — indica que se trata de uma fresa perfiladeira;
b) 000 — número que indica o diâmetro;
c) B — o tipo de borda e será:
        D — para borda desintegradora;
        I — para borda inteiriça;
d) B — modo de fixação das pastilhas e será:
        I — para pastilhas intercambiáveis;
        S — para pastilhas soldadas;
e) D — indica se a fresa é regulável ou fixa e será:
        F — para fresa fixa;
        R — para fresa regulável;
f) E — sentido de rotação;


Exemplo: P235ISFH—fresa perfiladeira com 235 mm de diâmetro, borda inteiriça, pastilhas soldadas, sem regulagem e rotação no sentido horário.


3.3.8  Fresa de raio

Para as fresas de raio as informações mais relevantes são: diâmetro, o raio de perfil e se sua borda é desintegradora ou inteiriça, seu formato é: R000B11D.

a) R — indica que se trata de uma fresa de raio;
b) 00 — número que indica o raio do perfil;
c) B — o tipo de borda e será:
        D — para borda desintegradora;
        I — para borda inteiriça;
d) 111 — número que indica o diâmetro;
e) D — sentido de rotação;


Exemplo: R50I215H—fresa de perfil com raio de 50 mm, borda inteiriça, diâmetro de 215 mm e rotação no sentido horário.



4  Licenciamento

Este trabalho está licenciado nos termos da licença GNU_FDL sendo permitidos: Cópia, Criação de obras derivadas, redistribuição e uso comercial, desde que seja sob a mesma licença.

Esta licença pode ser encontrada na internet, em sua forma original, no seguinte endereço: <http://www.gnu.org/copyleft/fdl.html> ou na sua versão para a língua portuguesa <http://www.gnu.org/licenses/licenses.pt-br.html>.


Contato: Sincero Zeferino Filho (OhEremita):
e-mail: <zeferinno(at)gmail.com>
Página: <http://zeferinno.blogspot.com.br/>



 

domingo, 31 de março de 2013

Padrão de código PHP


1 – DEFINIÇÕES

Algumas definições se fazem necessárias para um bom entendimento deste texto.
  1. UpperCamelCase: Nome composto, tendo as palavras agrupadas (sem espaçamento entre elas) e com a primeira letra da cada palavra em maiúscula;
  2. UPPER_CASE: Nome composto, com todas as palavras totalmente em maiúsculas e separadas pelo caractere '_' sublinhado;
  3. lowerCamelCase: Variação do CamelCase onde a inicial da primeira palavra também é minúscula, sendo as outras iniciais maiúsculas;

2 – PROJETO

Um projeto em PHP é um pacote composto de uma série diretórios (pastas) contendo os diferentes documentos de código, imagens, informações, etc.
Veja uma sugestão simples de diretórios e a descrição do respectivo conteúdo:
  1. Class – Todos os arquivos das classes do sistema estão neste diretório;
  2. Css – Arquivos de folhas de estilo CSS;
  3. Est – Arquivos responsáveis pela estruturação do sistema;
  4. Img – Arquivos de imagens a serem exibidas nas páginas;
  5. Impres – Arquivos de páginas impressas diretamente sem exibição prévia;
  6. Info – Arquivos de informações tais como: padrão de código e leia-me;
  7. Js – Arquivos de JavaScript;
  8. Pag – Arquivos das páginas do sistema.

3 – CÓDIGO FONTE

Para que um código fonte seja legível e de fácil compreensão, mesmo que muito tempo tenha se passado e que outros profissionais venham a trabalhar no mesmo é imprescindível a padronização dos diferentes tópicos que compõem este artefato.

  1. Cabeçalho – Nesta parte do código é necessário registrar algumas informações como segue.
/*
* @file NomeDoArquivo[.php] [.class.php]
* @package [Pacote ao qual pertence o arquivo]
* @author [nome do autor] <[e-mail do autor]>
* @copyright [Informações de Direitos de Cópia]
* @license [link da licença] [Nome da licença]
* @link [link de onde pode ser encontrado esse arquivo]
* @version [Versão atual do arquivo]
* @since [Arquivo existe desde: Data ou Versão]
*
* [Descrição do arquivo].
*
* [Outras informações].
*/


  1. Codificação – UTF-8;
  2. Indentação – Quatro espaços na tabulação;
  3. Tamanho da linha – Máximo 80 caracteres;
  4. Limitador de código – Sendo ele o um pequeno trecho de uma linha ou se estendendo por várias linhas se deve usar tags completas;
  • Em uma linha.
...CódigoHtml <?php códigoPHP ?> CódigoHtml...

  • Em várias linhas.
...CódigoHtml
    <?php
        CódigoPHP;
        CódigoPHP;
        CódigoPHP;
        CódigoPHP;
    ?>
CódigoHtml...



  1. Parenteses – O conjunto que inclui os parênteses pode ocupar apenas uma linha ou ter um grande número de argumentos que faça com que se estenda por várias;
  • Em uma linha:
...minhaFuncao($x, $horas) {}

  • Em várias linhas:
...minhaFuncao
    (
         $Argumento1,
         $Argumento2,
         $Argumento3,
         $Argumento4,
         $Argumento5,
    )
    {}

  1. Chaves – Assim como os parênteses, estas podem estar na mesma linha ou ocupando várias;
  • Em uma linha:
      ...minhaFuncao(){Return $z;}
  • Em várias linhas:
      ...minhaFuncao()
         {
            Linha1;
            Linha2;
            Linha3;
            Linha4;
            Linha5;
         }

  1. Strings formada por texto e variáveis – Aqui novamente se repete a mesma abordagem dos parênteses e chaves;
  • Em uma linha:
...echo ”Texto1 “.$a.” texto2 ”.$b.” “.$c”;

  • Em várias linhas:
...echo “Texto1”
        .$a.” “
        .funcao1($r)
        .”texto2”
        .$b
        .”texto3”;


4 – NOMENCLATURA

A linguagem PHP é Case Sensitive, ou seja, qualquer diferença na grafia dos nomes é entendida como diferença entre esses nomes.
Nos nomes em PHP é permitido apenas o uso de caracteres da tabela ASCII ou seja, Letras (apenas as do alfabeto, sem acento ou 'ç') e Números, sendo que o início destes nomes deve ser feito obrigatoriamente por letras ou '_' (sublinhado).
  1. Arquivos de páginas php – Para os arquivos PHP será usado um nome em UpperCamelCase e uma extensão “.php”;
  • Exemplo:
MinhaPagina.php

  1. Arquivos de classes – Será colocada uma classe por arquivo e sua nomeação se faz com o nome em UpperCamelCase acrecido de uma extensão “.class.php”;
  • Exemplo:
MinhaClasse.class.php

  1. Classes – Estas são nomeadas com UpperCamelCase;
  • Exemplo:
Class MinhaClasse
  {
     Código da classe;
  }

  1. Atributos – A nomeação dos atributos é feita com lowerCamelCase precedido do caractere cifrão '$';
  • Exemplo:
private $atributoUm;
private $atributoDois;
private $atributoTres;

  1. Métodos – Aqui também se usa o lowerCamelCase;
  • Exemplo:
function meuMetodo()
   {
      Código do método;
   }



  1. Objetos – Assim como nos atributos usa se lowerCamelCase precedido do caractere cifrão '$';
  • Exemplo:
$meuObjeto = new MinhaClasse();

  1. Variáveis – Segue o mesmo caminho dos atributos e objetos usando o lowerCamelCaseprecedido do caractere cifrão '$';
  • Exemplo:
$minhaVariavel = 0;

  1. Constantes – Aqui é usado o UPPER_CASE;
  • Exemplo:
define ( NOME_DA_CONSTANTE, valor da constante );


Este trabalho está disponível em PDF no Scribd


Copyleft (C) 2013 Sincero Zeferino Filho (OhEremita)

sábado, 14 de abril de 2012

Precisamos saber


Precisávamos saber que a terra era chata. Pois só se via terra, por todos os lados.

Precisávamos saber que alem de redonda a terra era o centro. Pois aquele mundo não conseguia ver adiante.

Precisamos saber que só existe um universo. Pois é o único que acreditamos conhecer.

Talvez precisemos, algum dia, saber das outras possibilidades.

Precisamos saber. Basta descobrirmos o que.


Copyleft (C) 2012 Sincero Zeferino Filho (OhEremita)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

domingo, 29 de janeiro de 2012

Quando parece não ter solução

Esta é uma história que já ouço a muito tempo

Diz a lenda que Albert Einstein, estava em uma maratona, fazendo palestras de cidade em cidade pelos USA, quando um belo dia ele desabafou com o motorista:

“Já não aguento mais, falar sempre a mesma coisa, as pessoas estáticas assistindo, nem ao menos perguntam, não participam...

O motorista responde: ”Ô professor o senhor fala tão bonito, essas coisas tão interessantes, eu até já decorei o que o senhor diz.”

Então o Einstein teve uma ideia: “Ninguém aqui me conhece, então nós trocaremos as roupas, eu serei seu motorista e o senhor fará a palestra por mim.”

Dito e feito.

Lá pelo meio da palestra, um dos doutores na plateia fez uma pergunta bem cientifica, Einstein ficou gelado, então o motorista teve uma crise de risos, repentinamente ficou sério e disse com tom enérgico:

“Caro colega, esta sua pergunta é tão simples, mas tão simples, que meu motorista irá responder! Por favor Mr. John...”


Copyleft (C) 2012 Sincero Zeferino Filho (OhEremita)

domingo, 20 de novembro de 2011

Sociedade


Tenho notado algumas observações interessantes sobre os grupos humanos, vindas de diversas fontes, que levam a algumas definições:

Sociedade

Onde se tem leis para regulamentar algumas, das inúmeras, relações entre os indivíduos, mas nem todas as leis são respeitadas, apenas parte dos desrespeitos são punidos.

Sociedade avançada

Possui leis para todas as relações individuais, todas elas são cumpridas com extrema exatidão, se houver punição será exemplar.

Civilização

Independente de possuir leis, o alheio é respeitado, cada indivíduo tem plena consciência de que seus direitos terminam onde começam os do “outro”.
Eu Acredito
Mesmo sendo produto desta sociedade, eu e mais alguns que conheço temos esta visão do caminho a seguir, então podemos acreditar que ela irá avançar e um dia se tornará uma civilização.


Copyleft © 2011 Sincero Zeferino Filho (OhEremita)